sexta-feira, 11 de maio de 2007

Paráfrase

A Terceira Revolução Industrial tem provocado mudanças não só do ponto de vista socioeconômico, mas também cultural, é o capitalismo adentrando em seu atual período técnico-científico.Tendo esta revolução como matéria-prima a ciência e tecnologia, ela é promovida, dentre outros, pela microeletrônica, microbiologia e a utilização de energia termonuclear.
Nos últimos anos, acelerou-se dramaticamente um processo de interdependência de povos e países, em especial por causa dos grandes avanços tecnológicos. Processo este chamado globalização. Essa crescente integração mundial produziu uma série de conseqüências econômicas, políticas, culturais, educacionais e ambientais.Infelizmente algumas delas foram negativas,pois embora a redução de espaço e tempo e o desenvolvimento de fronteiras por exemplo, ligam a vida das pessoas mais intensamente e diretamente que no passado, isso abre oportunidades e possibilidades, tanto positivas como negativas. Sendo assim, nos resta tentar compreender o frenético e fascinante mundo em que vivemos e acompanhar as transformações que o moldam, tornando-o diferente a cada dia.

quinta-feira, 10 de maio de 2007

3 - Neoliberalismo: o mercado como princípio fundador, unificador e auto-regulador da sociedade

O capitalismo/liberalismo vem assumindo duas posições: a concorrencial e a estatizante, elas vêm orientando os projetos da sociedade capitalista-liberal de educação e de seleção dos indíviduos. A concorrencial defende a economia de mercado auto-regulável com as seguintes características: a livre concorrência e o fortalecimento da iniciativa privada, a eficiência e a qualidade de serviços e produtos e uma educação para as exigências do mercado. A estatizante tem a preocupação central de conteúdo igualitarista-social, tem o objetivo de efetivar uma economia de mercado planejada e administrada pelo Estado, promover políticas públicas e bem-estar-social, desenvolvimento mais igualitário e seleção dos indivíduos baseada em critérios naturais.
A partir dessas macrotendências aparecem dois paradigmas: o da liberdade econômica, da eficiência e da qualidade e o da igualdade. O primeiro paradigma é direcionado pelo liberalismo de mercado que prega a economia auto-regulável que prevê a minimização, principalmente ao que se relaciona aos serviços sociais, defende a competição. Esse paradigma vêm afirmando-se no mundo da produção, do mercado e do consumo, sendo perseguidos por todos os que querem se tornar competitivos em qualquer área. O paradigma da igualdade tem como principal característica a constituição de uma sociedade democrática, moderna e científica que garanta a liberdade, a igualdade de oportunidades, sociedade igualitária e a ampliação quantitativa do acesso à educação que garantiria a igualdade de oportunidades.
Dentro desses contextos podemos perceber que o ensino público vai ficando cada vez mais fragilizada frente ao ensino privado, como podemos perceber no filme "Granito de areia" que mostra a realidade do México na década de 70, os alunos da universidade tinham direito a alojamento, alimentação e garantia de trabalho quando concluí-se o curso, mas esse modelo de educação foi mudando aos poucos ganhando dando força à privatização.
A privatização não acontece de uma hora para outra, ela vai se infiltrando delicadamente. O filme mostra que o Estado começa a desconsiderar a escola, assim a comunidade passou a assumir contas como água, energia, reforma estrutural, etc; essa foi uma forma sútil de privatização.
Atualmente temos um exemplo semelhante que são os chamados "Amigos da Escola", ou seja, pessoas que fazem atividades que devem ser desempenhadas pelo Estado, e que com esse ato os amigos da escola contribuem para a desobrigação do Estado à escola pública. Também entram as multinacionais com um discurso de que estão dando apoio a educação e na verdade se tornam um modelo de exploração como a Ford e a Coca-cola, que visam mão-de-obra barata e trabalhador alienado.
Nesse sentido, os defensores do liberalismo social acreditam que somente por meio da universalização do ensino, seria possível estabelecer as condições de instituição da sociedade democrática, moderna, científica, industrial e plenamente desenvolvida.

terça-feira, 6 de março de 2007

As transformações técnico - cientificas, econômicas e políticas.

1- Revolução tecnológica: impactos e perspectivas

A aceleração das transformações técnico-cientificas acarretam mudanças econômicas, sociais, políticas, culturais e educacionais. A ciência e a técnica estariam assumindo o papel dos trabalhadores em relação à força produtiva. Portanto essa revolução é responsável por amplas modificações de produção, dos serviços e das relações sociais.
A revolução tecnológica ou Terceira Revolução Industrial é marcada, entre outras, pela energia termonuclear, que é responsável pelos avanços da conquista espacial, além de constituir importante fonte alternativa de energia.
A Terceira Revolução Industrial também é marcada pela revolução da microbiologia, que de um lado traz avanços benéficos, como o combate a bênçãos congênitas, de outro lado, há o risco de produção artificial de seres humanos, bem como a possibilidade de guerras bacteriológicas. E ainda há a revolução da microeletrônica, que nos rodeia mediante objetos de uso pessoal. Utensílios domésticos e serviços gerais, como caixas eletrônicos, jogos e destacadamente o computador, para muitos a invenção do século.Essa introdução de artefatos tecnológicos no cotidiano das pessoas vem promovendo alterações nos hábitos, formação de habilidades cognitivas, começa assim a fluir uma cultura digital.
Os campos atingidos com maior intensidade pela revolução da microeletrônica (especificamente pela informatização) com grandes reflexos econômicos, sociais e culturais foram à agricultura, industria e comércio, destacadamente o setor de serviços.
Importante também destacar a revolução informacional, que tem por base um espantoso avanço das telecomunicações, mídias e das novas tecnologias da informação, como a internet, que interliga usuários a um imenso banco de informações. Tais avanços tornam o mundo pequeno e interconectado por vários meios, informações circulam encurtando distâncias e reduzindo o tempo, como uma “aldeia global”. Esta revolução está na base de uma nova forma de divisão social e exclusão, pois de um lado, estão os que têm o monopólio da informação, de outro, os excluídos desse exercício.

2- Globalização e exclusão social

A globalização só se tornou possível graças exatamente a um sistema global, altamente integrado pelas telecomunicações instantâneas. Esse processo de aceleração, integração e reestruturação capitalista vem sendo chamado de globalização, ou melhor, de mundialização. De outro modo, a globalização pode ser entendida como uma estratégia de enfrentamento da crise do capitalismo e de constituição de uma nova ordem econômica mundial.
A globalização é visível, por exemplo, no processo de entrelaçamento da economia mundial. E é mais fortemente sentida e percebida em manifestações como: produtos, capitais e tecnologias sem identidade nacional; automação, informatização e terceirização da produção; implementação de programas de qualidade total e de produtividade; demissões, desemprego, subemprego; exclusão e crise social; diminuição dos salários; desqualificação do Estado e minimização das políticas públicas.Essas manifestações levam a crer que o homem parece estar condenado a acabar, em parte. Com o trabalho manual e assalariado.Por isso, já se apresenta o desafio de pensar uma sociedade em que não prevalecerá essa forma e relação de trabalho.
A globalização do sistema financeiro é outra das marcas típicas do processo de globalização da economia. Ela se expressa na crescente expansão dos fluxos financeiros internacionais, isto é, na livre circulação do capital.
Os países ricos ou primeiro-mundistas desempenham papel ativo na criação e na sustentação da sociedade política global, com especial destaque para a posição determinante do grupo dos sete países mais ricos do mundo (G7). As decisões desse grupo correspondem à cota de poder de cada país no interior do Estado global, desse modo essas potências mundiais têm conseguido: atender aos interesses do capital transnacional; controlar os riscos das sociedades globais; instalar um sistema de rápida advertência aos mercados emergentes de países do terceiro-mundo; impor uma hierarquia de poder transnacional; implementar as políticas neoliberais nos países terceiro-mundistas e disseminar a visão de mundo neoliberal, isto é, de uma sociedade regida pelo livre mercado.


LIBÃNEO, José Carlos; OLIVEIRA, João Ferreira; TOSCHI, Mirza Seabra.Educação Escolar: políticas, estrutura e organização, Ed. Cortez, 2003.